sexta-feira, 29 de julho de 2011

“A Feira” em temporada no Teatro Ipanema


Depois de conquistar importantes prêmios no IX Festival de Teatro do Rio, espetáculo protagonizado por Prazeres Barbosa cumprirá temporada nos meses de agosto e setembro

O espetáculo “A Feira”, de Lourdes Ramalho, com direção de Francisco Torres estará em cartaz todas as quintas-feiras de agosto e setembro, no Teatro Ipanema, no Rio de Janeiro. A partir desta quinta (4), o público carioca vai conferir um espetáculo essencialmente nordestino e dar boas gargalhadas com a atriz caruaruense Prazeres Barbosa e toda a equipe. O texto exalta a cultura popular nordestina, enfocando Caruaru e sua feira e já havia sido montado em Caruaru pela Companhia Prazeres Barbosa, em 2003.

A encenação é uma produção da Companhia de Teatro 3 Micos, liderada pelo ator pernambucano Reginaldo Celestino. No elenco, estão Prazeres Barbosa, Thaís Alves, Luciano Torres, Reginaldo Celestino, Wanderlucy Bezerra, Ary Rodrigues, Camila Motta, Júlio Raseck, Adriana Carneiro, Gleydson Costa, Myriam Pimentel, Jandir di Angelis, Ana Souza e Elmo Bastos.
Prazeres Barbosa e Francisco Torres

A estreia da nova montagem da “Feira” aconteceu durante o IX Festival de Teatro Cidade do Rio de Janeiro, no dia 17 de maio, no Teatro Princesa Isabel, em Copacabana. O espetáculo foi encenado um dia antes das comemorações dos 154 anos de Caruaru e rendeu prêmios importantes ao elenco. Prazeres Barbosa recebeu o Troféu Arlequim de melhor atriz, Luciano Torres, que também é caruaruense, foi escolhido melhor ator e Reginaldo Celestino melhor ator coadjuvante. “A Feira” ainda foi indicada a melhor espetáculo.

Reginaldo Celestino

Vivendo há quatro anos no Rio de Janeiro, Prazeres tem a oportunidade de estrear nos palcos da Cidade Maravilhosa depois de se despedir em grande estilo de Amélia, a sua personagem na novela Insensato Coração. A atriz considera este o seu melhor papel na televisão até aqui, contracenando com grandes nomes da dramaturgia como Tarcísio Meira e Glória Pires. “Sou uma atriz essencialmente teatral. Minha vinda ao Rio de Janeiro foi o início da realização do meu maior sonho: fazer parte da teledramaturgia brasileira na Rede Globo de Televisão”, afirma Prazeres.

Nestes quatro anos a atriz participou de cinco filmes, seis novelas e dois especiais na emissora da família Marinho. “O teatro chegou no tempo certo e no momento adequado, pois o encaro como sendo o bordado da vida do ator, pois nele não há monotonia e o público é o outro personagem. Essa troca não se define, se sente!”, explica Prazeres. “Toda estreia é como um terremoto. Não importa o tempo que leve, cada encenação é única, pois o público também é único. Ser atriz é viver emprestada, e essa é a delícia porque a vida cria o conflito e o teatro resolve”, acrescenta.

Caruaru de Vitalino

Em sua estreia nos palcos cariocas, Prazeres mostra que continua fiel às origens. Logo na abertura, a sua cidade é cantada nos versos de “Caruaru de Vitalino”, poema musicado escrito pela própria atriz. E como não poderia faltar, a trilha sonora inclui a “Feira de Caruaru”, de Onildo Almeida. O espetáculo utiliza a linguagem de cordel e instrumentos como o pífano. Para dar um toque de autenticidade ao cenário, adereços foram levados de Caruaru, a exemplo de painéis do artista plástico Jorge Souza; máscaras de Benício Júnior e os famosos mamulengos de Sebastião Alves, o “Seba”.

A atriz destaca que apesar dos troféus conquistados no Festival do Rio, a pauta no Teatro Ipanema não sofreu nenhuma influência da premiação. “O mérito veio pela qualidade do texto de Lourdes Ramalho, a esmerada direção de Francisco Torres e um elenco afinado. Esses foram os ingredientes que garantiram a pauta. Fazer teatro é difícil em qualquer lugar do mundo, entretanto quando se tem trabalhos, sucessivos, de boa qualidade, como é o caso da Cia de Teatro 3 Micos, do ator e produtor Reginaldo Celestino, pernambucano de Bom Jardim, radicado no Rio há 16 anos, as portas estão sempre abertas. Esta temporada é o início de uma sucessão”, acredita.

Prazeres também está confiante quanto à receptividade do público. “Costumo dizer que Caruaru é o colo da mãe amada; o cheirinho do cuzcuz, com galinha guisada, depois de uma jornada de trabalho; o canto do sabiá aos ouvidos do poeta. Os cariocas têm bom gosto e estou certa de que a aceitação vai ser surpreendente. Não quero perder minha urbanidade”, conclui. “A Feira” estará em cartaz todas as quintas-feiras de agosto e setembro, a partir das 21h, no Teatro Ipanema, localizado na rua Prudente de Morais, 824, Ipanema (RJ). Ingressos estão à venda na bilheteria e no site: www.ingresso.com

Nenhum comentário:

Postar um comentário