Do BNC, Por Aluysio
Morais
Foi encerrada, com chave de ouro, a 6ª
edição do FESTIVAL NACIONAL DE CURTA METRAGEM – 6º Curta Taquary - grande
evento realizado em Taquaritinga do Norte ou ‘Dália da Serra’, como é
popularmente conhecida. Fica a 1086m acima do nível do mar, a 190km do Recife.
Como não podia ser diferente, a grande homenageada do dia é a Atriz e Diva do
Teatro Pernambucano, Prazeres
Barbosa que não mediu esforços, tendo viajado
2.200km para chegar até Taquaritinga-PE.
Com o sentimento de dever cumprido, Prazeres Barbosa, se despediu, dia 8/11, deixando uma enorme saudade a todos aqueles que fizeram parte do 6º Taquary, além dos seus fãs, que desde cedo estiveram a espera da Diva para terem autógrafos e fotografar ao lado da estrela global.
Aluysio Morais – Como você se sente sendo homenageada no último dia da 6ª edição do Curta Taquary? É um privilégio à parte?
Prazeres Barbosa – Toda homenagem tem
um sentido especial, pois deferência, em vida, tem cor, cheiro, gosto e
textura. Sinto-me privilegiada, pois grandes seres humanos nascem e morrem sem
ter seus feitos ou conquistas referendadas. Ramalhete, em vida, rega-se e
conserva-se em seu hábil, num vaso de cristal!
Aluysio Morais – Durante nossa entrevista, percebi o enorme carinho que o público jovem tem com você, isso ficou constatado visto da fachada do hotel. Como você se sente diante desse público que tem um enorme carinho por você?
Prazeres Barbosa – Tenho cuidado, por
onde passo, deixar marcas positivas. Percebo que é fruto de uma convivência
salutar, com pessoas simples, como eu, e isto as aproxima sem protocolo.
Acolho-as com o maior carinho do mundo. Faço parte da vida delas, literalmente!
Aluysio Morais – O que significou ter sido convidada por Alexandre Soares para ser homenageada no Curta Taquary 2013?
Prazeres Barbosa – Beirando 32 anos de
carreira artística, ininterrupta, tenho conquistado troféus, prêmios,
homenagens, títulos, telas, esculturas e um somatório de deferências. Quando
Alexandre me cientificou da homenagem, a primeira coisa que questionei foi
sobre o merecimento, pois não me sinto a altura deste patamar. Ele falou que
era inquestionável e que eu seria voto vencido. Sorrimos e agradeci de coração.
Farei todo possível pra fazer jus à comenda!
Aluysio Morais – Como você vê hoje o
cinema brasileiro, uma vez que é notório uma grande evolução nas produções,
como ‘O Auto da Compadecida’, ‘Tropa de Elite 1 e 2’ onde você teve
participação no 2, enfim?
Prazeres Barbosa – Acredito que estamos
no tempo áureo do cinema brasileiro. Nosso produto deixou, há muitos anos, de
ser “chanchada” pra ser referência, isto devido à qualidade do que se está
produzindo aqui no Brasil. As casas de exibição vêm provando isto. Quem produz
com qualidade, o reconhecimento chega, com grandes ou parcos incentivos. A
galera do cinema chegou pra abalar! BRAVO!
Aluysio Morais – Fechando com chave de ouro a 6ª Edição do Curta Taquary, e sendo a principal homenageada, como você está se sentindo nesse momento?
Prazeres Barbosa – Ando sorrindo a toa.
[risos] Na abertura do evento fui intitulada “Madrinha do Festival” pelo seu
realizador, Alexandre Soares, com o agravante de ser uma dos três homenageados
(Zé Dumont e Jean Claude Bernardet e Prazeres Barbosa). Sinto-me feliz, e cada
dia mais responsável pelo meu caminhar, como pessoa e como atriz, vez que
estamos sendo referência. Espero em Deus, não decepcioná-los!
Aluysio Morais – Você já conhecia Alexandre Soares, diretor e produtor-executivo do Festival Nacional de Curta Metragem?
Prazeres Barbosa – Desde 1982, quando
iniciei minha carreira artística no SESC-Caruaru, tive o privilégio de me
tornar conhecida na Região e no Estado, por ser premiada em todos os
espetáculos em festivais nacionais, e isto contou em nosso favor. Alexandre,
naqueles tempos, bem jovenzinho, participava de Congressos da FETEAPE, então
éramos conhecidos na arte. Na primeira versão do Taquary, ele me convidou pra
ser júri do Festival. De lá pra cá nunca mais nos encontramos, então esta
homenagem me surpreendeu, pois geralmente lembramo-nos dos que estão por perto,
não é mesmo? Estou grata pela deferência!
Aluysio Morais – Viajar 2,200km, passar cinco dias participando de entrevistas para vários meios de comunicações, tirando fotos com fãs, toda aquela correria, enfim..., e ainda por cima, preservar tanto bom humor. Como isso é possível?
Prazeres Barbosa – Não me sinto fazendo
nenhum esforço, pois sou naturalmente igual em todos os momentos. Uns elegem o
choro, outros a mágoa, e outros tantos o desgosto e insatisfação pela vida; Eu elegi
a alegria, a felicidade, o otimismo, o sorriso. Tudo muito fácil e simples.
Concordam?
Aluysio Morais – Como você descreve
nesse momento os idealizadores, diretores, atores e demais realizadores dessa
6ª edição do Curta Taquary?
Prazeres Barbosa – São todos
guerreiros, sonhadores, otimistas e criadores incansáveis! Para todos eles,
tiro o meu chapéu! São jovens que não têm medo de ousar e defender uma causa,
ultrapassando todas as diversidades em defesa dos seus sonhos, dos seus
propósitos. AVANTE, CAMARADAS!
Aluysio Morais – O que passou na sua cabeça no momento que você encenou um trecho da pela A Feira, de Lourdes Ramalho e foi aplaudida de pé por todos que ali estavam?
Prazeres Barbosa – Quando interpreto
sinto-me inteira no personagem. Não preciso de cenário, figurino nem trilha
sonora. O público absorve isto e aplaude, simplesmente! [risos]
Aluysio Morais – Qual sua reação ao se deparar com o grandioso jornalista caruaruense Fernando Neto, autor da sua Biografia ‘Prazeres em Conhecer’ quando o mesmo subiu ao palco, para anunciar sua homenagem?
Prazeres Barbosa – Foi mais uma das
mais felizes surpresas, quase desmaiei de emoção. Isto não estava previsto!
[risos] Fernandino é um jornalista/humanista, que referenda seu trabalho com
determinação e convicção, fundamental a qualquer escritor. Tive o privilégio de
ser biografada por ele, como trabalho do TCC, na FAVIP, em Caruaru-PE. Foi o
laureado da turma e recebeu nota 10, com menção honrosa, pois o livro foi
editado com o aval da Faculdade e do professorado. Hoje, posso dizer estar
imortalizada, pois ele é o responsável direto! Obrigada, Fernandino Neto!
Aluysio Morais – Uma frase:
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